sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Frustração é vida. Se a vida vive, ela vive também.

A frustração é um sentimento interessante. É um dos poucos sentimentos de que a gente não pode culpar ninguém. A culpa é exclusivamente nossa, porque somos nós que as criamos a partir de uma construção que leva em conta todos os sonhos que projetamos realizados a partir da existência de alguém.
Mas quando eu falo em culpa, não é no sentido de punir alguém. Pelo contrário. A frustração tem que ser entendida como um sentimento que, se ruim, também é bom. A frustração é a maior prova de coragem de um indivíduo que mesmo não sabendo se haveria um “sim”, não usou temer o “não”. E, no mais, só se frustra quem se permitiu acreditar no sonho que lhe fez feliz.
Sonho em que se é feliz já é parte da felicidade. Não sabermos o amanhã não impede de deseja-lo e se, por qualquer razão, o amanhã for outro, que seja. Logo virão mais amanhãs. E com eles mais dias contentes que trarão sonhos contentes que acontecerão ou não. E depois disso? Mais amanhãs.
Enquanto isso, continuamos sendo a exata medida das nossas verdades e disposição. Nos mantemos postos ao alcance da intenção do que ou de quem pensamos, quisemos e até tentamos, mas que – pelo menos por enquanto – é apenas a ideia ousada e não querida que ainda vai custar sarar.

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