quarta-feira, 2 de julho de 2014

Que haja amor... mais amor!

Não são todos que entendem os encontros que nem eram pra ser, mas que são e continuarão. É o destino de ser bom não importa como seja.
Em cada novo encontro um apaixonado quer explicar a sua paixão por quem lhe quer apaixonada e fica sempre em busca da melhor expressão pra que nela também arda a febre que não queima, mas fustiga. Eu não queria ser esse amante que não sabe dizer, mas há tanto que tenho em mim e queria, que me arrisco a escrever:

“Eu queria saber escrever o que você quer ler, mas eu não queria saber escrever o que você quer ler. Eu quero simplesmente escrever o que você goste de ler porque foi feito pra você.
Eu queria saber te fazer sorrir de propósito, mas eu não queria saber te fazer sorrir de propósito. Eu quero simplesmente um sorriso teu sem razão, mas que seja culpa de alguma (minha) participação.
Eu queria que o sol durasse menos, queria que a lua durasse mais, mas eu não queria nem que o sol durasse menos e nem que a lua durasse mais. Eu quero apenas que o que te gosto me dure o quanto você gostar e quiser fazer durar.
Eu ainda queria desejar tudo de mais lindo, mas acontece que eu já desejo tudo de mais lindo quando desejo teu sorriso e todo o melhor que surge quando se é mais atrevido.
Eu queria ser o minuto que só tem sentido quando há a hora, o segundo que dura mais e o tempo que não para e parece que corre quando me há você, desde antes até agora... você sempre sendo a hora.
Eu queria guardar um momento que já tivesse sido, mas eu não queria guardar um momento que já tivesse sido. Eu quero o momento que ainda será. Será?”

Seja como for, sei que em algum lugar (que nem sei se tem) já deve ter tido esse amor pra alguém e continua tendo e continua sendo, amando, crendo e cedendo. Ou até mesmo já até terminou, mas pelo menos alguém amou. Se a vida sempre continua, ela só termina praquele que pouco amou ou nem se permitiu amor. Quem foi amado ainda existe, persiste e ainda insiste em ser a lembrança doce que tanto acalanta a vida de quem, sem perder tempo, se deixou amar.
(Alguns rimam amor com dor. Não sabem de nada. Pra mim, a única rima que se faz com amor é viver. Amar é continuar vivo, é desafiar o corpo que se pensa extinguido, é desafiar a morte sorrateira, aquela que acontece aos poucos e, com a força juvenil de uma experiência plena, tornar a fazer vida daquele jeitinho gostoso e que faz a vida viver).
Pois que haja amores. Assim, no plural. Muitos amores, porque o amor que há na gente não pode faltar e nem tem que sobrar. Dê o excesso, faça lambança, faça bagunça, faça amor pra fazer mais amor e ser mais amada de tanto amar. Amar não cansa... e nem pode cansar.

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