domingo, 29 de agosto de 2010

Pobre Brasil pobre


Não consigo não me assustar com os resultados de cada nova pesquisa sobre intenção de voto para as eleições presidenciais desse ano.
O crescimento vertiginoso da candidata do esculhambador geral da República – e aqui se pede vênia ao grande José Simão – exige a constatação das mais tristes e revoltantes: o brasileiro é ridículo.
Não consigo deixar de imaginar – e essa é uma imagem cada vez mais forte na minha mente – o todo poderoso imperador do Brasil, sob sua opulenta barba grisalha, sua fala rouca sibilante e seu dedo mindinho ausente, sentado a se refestelar em churrascos regados a pinga na Granja do Torto e rindo do Brasil. Imagino-o jocoso sob gargalhadas afirmando que se ele mandasse que os brasileiros pulassem em uma perna só de hora em hora, ao menos 90 milhões deles fariam. Sim, porque é o que se vê acontecendo nessa corrida presidencial. O povo brasileiro vota em alguém pelo simples fato do chefe do Executivo determinar que o faça.
É assustador como o brasileiro se presta a votar em uma pessoa que ele não sabe quem é. O que nós, brasileiros, sabemos dessa senhora Dilma Roussef, além de se tratar de uma ex-terrorista, saqueadora de bancos e homicida - inclusive em atentado à bomba – em nome de uma batalha extremada contra a ordem vigente em fins dos anos 60?
Essa senhora surgiu para o cenário nacional há menos de 05 anos. Mesmo se antes era Ministra das Minas e Energia, é fato que atinge alguma notoriedade somente no período pós-mensalão: sim, Mensalão! – aquele escândalo de corrupção que teve no presidente e seus assessores mais próximos seus mentores.
A candidata do Partido dos Trabalhadores – que no seu aspecto nacional é outra excrescência da nossa política, das mais mentirosas e nefastas enganando seus militantes locais e, quer-se crer, bem intencionados – é uma ilustre desconhecida do grande público. Ninguém tem um motivo para votar nela, que não seja a indicação do cacique maior da bando que vem se aproveitando do país nos últimos tempos. Simplesmente, ninguém a conhece e isso, porque ela não é dada a se conhecer. Não há o que ela possa mostrar. Não há o que ela saiba dizer.
Sequer ela era a primeira opção daquele que lhe dirige apoio. Mas sem dúvida da a ele a certeza de que tem o povo brasileiro sob seu total controle, povo esse que se vende pela esmola de um assistencialismo vil.
Danuza Leão escreveu muito bem certa vez e abrirei aspas a ela: "Mas de Dilma não tenho medo; tenho pavor. Antes de ser candidata, nunca se viu a ministra dar um só sorriso, em nenhuma circunstância. Depois que começou a correr o Brasil com o presidente, apesar do seu grave problema de saúde, Dilma não para de rir, como se a vida tivesse se tornado um paraíso. Mas essa simpatia tardia nãoconvenceu. Ela é dura mesmo. Dilma personifica, para mim, aquele pai autoritário de quem os filhos morrem de medo, aquela diretora de escola que, quando se era chamada em seu gabinete, se ia quase fazendo pipi nas calças, de tanto medo. Não existe em Dilma um só traço de meiguice, doçura, ternura."
É óbvio que no candidato José Serra se vê uma situação oposta no que diz respeito ao seu preparo. Não que morra de amores pelo candidato, mas na simples avaliação de ambas as biografias, é mais do que óbvio que nele se vê quem preparado para um bom governo.
José Serra é aquele que se sabe de onde vem e sabe o que se fez. Tem o que dizer e mais ainda o que mostrar. Mas o texto não se presta a defender ou a fazer campanha a um candidato contra o outro.
Esse texto é parte da indignação contra um povo estúpido. De uma estupidez que beira a idiotice. Um povo que se contenta em receber uma ordem sem refleti-la; uma indicação sem avalia-la. O voto no Brasil é pobre. O pensamento no Brasil é raro. Por fim, somos todos vítimas de uma maioria medíocre que se contentará sempre com o papel de mendigos da máquina pública, com seus chapéus esfarrapados e prontos para contribuir com o “apequenamento” do país.
Tenho medo de um país governado por essa mulher. Dilma presidente será a pior coisa que poderá acontecer a esse país.

sábado, 28 de agosto de 2010

Adeuses


Tenho me percebido em uma fase de reflexões.
Olhar pra trás faz com que me assuste com os tantos erros que cometi nesses anos passados. Invariavelmente percebo que meu jeito de ser faz com que meu relacionamento com a maior parte das pessoas tenha prazo de validade.
Digo isso, porque são várias as pessoas que fizeram parte da minha vida – e muitas vezes de uma forma bastante intensa – que com o passar dos anos se fizeram (e fazem!) estranhas a mim, mesmo que presentes em certas rotinas.
O saudosismo me parece inevitável quando os olhos voltam 05 anos, 05 meses ou mesmo 05 dias e vejo que o que era já não é, quando o que poderia ser (mesmo com base no que foi) me parece tão mais interessante.
Ora, qual será o erro que me faz perder aquilo que sempre dei valor? Será que é pouco o quanto sei demonstrar o afeto e o apreço por quem sempre me fez sorrir um sorriso mais cheio de alegria? Ou será que na intensidade que me proponho vou tão além que o que digo ser sentimento, soa mais uma mera invenção?
Sei que nunca foi ideal de uma vida me sentir como um objeto que alguém põe em uma caixa e joga fora porque não serve mais.
Sei que vive em mim um eterno bem querer por quem venha desprezar o que fui – e mesmo aqueles que nunca mais serão!
Nunca enxerguei nas novas companhias a substituição das que se foram. Não vejo as pessoas que me fizeram bem como passíveis de não me serem mais ninguém, ou se forem, sejam menos do que um dia significaram.
Não falo de amor, de paixão e nem de nada que se defina mais em palavras que em sentimentos. Falo daquele encontro em que o que se sabe é o que não se disse, mas se percebeu. Sei que para o que me propus, não haverá momento em que me chamem ao socorro, que não socorrerei os que me precisarem e isso porque pra mim mesmo o antes se faz presente no agora e no todo sempre de depois de amanhã.
Pudesse optar e não diria adeus, mas são mais os adeuses que me dizem... que mal haverá em mim?
Mais do que nunca me sinto menos do que sou... e talvez seja!
Novas pessoas que ocupam o espaço das que passaram... é o que acontece, mas não serve pra mim. O novo de hoje... não...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O imprevísivel




Quando menos se espera, o que já não era volta a ser e o que se quis, é o presente do que se tem e o futuro do que se espera.
Confesso que por mais que me assuste, gosto da imprevisibilidade da vida e de como uma vida pode mudar (ou acabar) no curto tempo de um olho que pisca.
Até insistimos em planejar nossa vida. Sim, não podemos nos fazer conseqüência do acaso mais fatalista diante da nossa própria inação. Precisamos, diante das conseqüências previsíveis de nossas escolhas, sermos os que preparados para o diferente do antes ou até do durante, quanto mais do depois.
A vida tem tudo pra ser muito mais linda quando o acaso é mais do bom que se pode provar.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Voltando...


Não é nada agradável querer escrever alguma coisa pra postar no blog e não encontrar nada sobre o que escrever.
Há momentos em que a inspiração parece abundar; momentos em que tudo parece ser assunto para um texto, uma reflexão, uma piada, etc. Certamente não tem sido assim pra mim. Passei o mês de julho inteiro pra escrever apenas uma poesia e mais nada que fosse digno de se colocar aqui no blog.
Tudo bem que meu mês de julho foi bastante movimentado. Ao longo do mês me dividi entre Rondônia, Minas, Rio de Janeiro e São Paulo. Provavelmente tivesse muito para falar desses dias, mas tudo que teria sentido se dito quando próximo ao que vivido.
Por exemplo, ter ido ao Rio assistir ao espetáculo Alucinadas foi uma experiência agradabilíssima. O espetáculo de sketches de humor muito bem boladas e defendidas por duas atrizes de enorme talento (Renata Castro Barbosa e Lu Fregolente) já iniciava com tudo com a deliciosa música composta por Leoni e cantada por ele, Hebert Vianna, Léo Jaime e Roberto Frejat (confira o vídeo abaixo).
Nessa empreitada fomos Fabrício, Elias, Marcão, André, Diana e eu. Os seis lá no teatro Leblon onde, em seqüência, assistimos o segundo horário da segunda mostra de Stand-up Comedy, com apresentações hilárias de Marcos Vera e Cláudio Torres Gonzaga e que teve na platéia dois dos “maiores atores” de todos os tempos: Raul Gazola e Ricardo (Cigano Igor) Macchi.
Nessa viagem ao Rio ainda tivemos a nossa caminhada alcoológica (ainda não entendi muito bem porque ela recebeu esse nome) e o jogo Alemanha e Espanha assistido direto da Arena Fifa Fan Fest em Copacabana.
A parte mais importante da viagem sem dúvida foi o casamento da Mariana com o Bernardo, mas ainda tem o excelente show do Oscar Filho (o Pequeno Pônei do CQC) em São Paulo em que os noivos me deram o prazer de sua companhia em 75min de muitas risadas.
Sobre tudo isso ainda escrevo aqui um dia... ou quem sabe amanhã ou depois de amanhã.